Das estações de tratamento de águas residuais às biofábricas: o potencial da água na economia circular

A 27 de Janeiro de 2022, terá lugar o evento “Das estações de tratamento de águas residuais às biofábricas: o potencial da água na economia circular”, organizado pela Cetaqua e FEUGA no âmbito dos projetos de inovação Ecoval Sudoe e WALNUT.

Este encontro visa explorar o conceito de biofábricas e apresentar os avanços técnicos de ambos os projetos. Além disso, serão discutidas as barreiras sociais, legais e de mercado para a valorização de produtos de alto valor acrescentado para a agricultura e indústria, tais como lamas ou biofertilizantes obtidos a partir de fluxos de resíduos de estações de tratamento de águas urbanas.

Aqui pode consultar o programa do evento, que decorre das 10h às 14h, com apresentações e mesas redondas para refletir sobre o valor essencial da água na transição para uma economia circular. Os principais destaques do dia são:

  • Parte I: passado, presente e futuro das biofábricas.
  • Parte II: barreiras legislativas/transferências para a implementação de biofábricas
  • Parte III: utilizadores finais de subprodutos de biofábrica.

O evento, em espagnol, será transmitido por Zoom com tradução inglesa.  A capacidade do evento virtual, é limitada. O registo será encerrado quando o número máximo de inscrições for atingido. Não perca, registe-se aqui!

 

Como transpor barreiras da valorização de lamas de ETAR e biorresíduos?

O modelo que o projeto Ecoval Sudoe procura promover uma mudança de paradigma: de estações de tratamento de águas residuais para biofábricas. Uma mudança de modelo, de linear para circular e uma mudança de conceito: resíduos por recursos. No entanto, não basta testar novas tecnologias para a valorização de recursos classificados até agora como resíduos, a inovação tem de andar de mãos dadas com a aceitação do modelo empresarial. É por isso que o projeto está a lançar uma série de workshops em que diferentes especialistas respondem à questão: como superar as barreiras para a valorização dos biorresíduos e das lamas de ETAR?

O primeiro dos workshops realizou-se a 2 de Dezembro, entre as 11:00h e as 13:30h, com a participação de especialistas espanhóis convidados a apresentar e discutir as barreiras que identificaram a partir da sua experiência com biorresíduos e lamas de depuração, bem como propostas para as ultrapassar.

Assim, a conferência, liderada por Laura Díez e Inés Méndez, técnicas da Fundação do Património Natural de Castela e Leão, contou com a presença de:

  • Antón Taboada, Cetaqua, coordenador do Ecoval Sudoe, responsável pela apresentação do projeto e dos seus objetivos.
  • Gema Gonzalo, Ministério da Transição Ecológica e o Desafio Demográfico (Miterd). Conselheira Técnica do Secretariado Geral da Economia Circular, que apresentou o quadro jurídico europeu e os critérios de fim da condição de resíduos.

Com a interação de todos os participantes, o debate sobre as principais barreiras jurídicas e administrativas para a valorização de biorresíduos e lamas de depuração foi protagonizado pelos seguintes oradores:

  • Daniel Ruíz, Grupo Valora, empresa especializada no tratamento, recuperação e exploração de resíduos que podem ser utilizados para fins agrícolas e florestais, em particular substratos e fertilizantes.
  • Inmaculada Sanz, FCC, grupo especializado em serviços ambientais, hídricos e de infraestruturas.
  • Luz Panizo, Aquona, empresa ambiental que centra a sua atividade nos serviços integrais do ciclo da água.

E fique atento, este workshop foi o primeiro e focou-se na situação e experiência em Espanha, mas outras datas serão anunciadas para analisar a situação em Portugal e França.