O projeto ECOVAL Sudoe propõe uma nova abordagem na gestão de resíduos orgânicos baseada na sua valorização para obtenção de ácidos gordos voláteis (AGV), matérias-primas secundárias úteis para indústrias como a de plásticos, lubrificantes ou agroquímicos.
A Águas do Tejo Atlântico (AdTA), membro do consórcio ECOVAL, colabora na transposição de barreiras técnicas e legais à valorização de AGV a partir de lamas de ETAR e biorresíduos. Esta tarefa requer a cooperação de diferentes atores da região SUDOE (entidades gestoras de saneamento e resíduos, centros de investigação, autoridades ambientais, consultores jurídicos e associações do sector) para alterar o quadro legal vigente, por forma a permitir a utilização de produtos obtidos a partir de resíduos. Com o intuito de identificar barreiras existentes, foram realizados dois workshops participativos nos quais foram identificadas as semelhanças na gestão legal e operacional deste tipo de resíduos nos 3 países do projeto.
A AdTA focou-se igualmente no pré-tratamento de lamas de ETAR para maximizar a produção de AGV. Para tal, foram realizados testes com tecnologia de campos elétricos pulsados utilizando lamas do tratamento biológico da ETAR de Frielas e lamas mistas espessadas da ETAR de Beirolas. Os dois testes foram realizados para verificar se existe alguma vantagem no pré-tratamento de lamas e, se o conteúdo de sólidos afeta a eficácia desta tecnologia.
Por fim, a AdTA participou na quantificação das lamas produzidas em Portugal e na classificação da sua qualidade. Este trabalho apoiará a análise da sustentabilidade ambiental e económica que será realizada no projeto no âmbito do Grupo de Trabalho 6: Replicabilidade e transferibilidade do modelo de negócio e avaliação ambiental e económica.